A primeira decisão favorável ao concurso para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi tomada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A ministra Miriam Belchior autorizou a realização do certame para o preenchimento de 1.875 vagas, 375 de peritos médicos previdenciários (nível superior) e 1.500 de técnicos do Seguro Social (nível médio).
De acordo com a tabela de remuneração dos servidores públicos federais, o salário inicial para perito médico é R$ 9.824,53 e o de técnico do Seguro Social é R$ 4.192,89, dependendo da carga horária. A decisão deixa claro que as vagas serão preenchidas gradativamente ao longo de 2012.
Agora, o INSS tem até 60 dias para selecionar a banca organizadora da seleção e publicar o edital. Segundo o professor e diretor-presidente do Gran Cursos, Wilson Granjeiro, a aposta é que a Escola de Administração Fazendária (Esaf) seja a banca escolhida, devido à tradição em concursos na área.
“É um concurso muito interessante. Os servidores seguem o regime estatutário (Lei 8.112/90), o salário é bom e o aprovado pode ter a oportunidade de trabalhar no estado que preferir”, explica.
As vagas serão para todo o País e fazem parte do Plano de Expansão da Rede de Atendimento da Previdência Social (PEX). Os funcionários irão repor os quadros de 448 agências da Previdência Social e estruturar 69 novas agências já inauguradas. Outras 280 estão previstas para serem inauguradas até 2012.
Entretanto, uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) revela que o INSS tem necessidade de 18.015, e não 1.875 servidores. Trabalham atualmente no órgão 37.826 servidores, quando o ideal é 55.941 profissionais, segundo o levantamento.
Além disso, a associação apurou ainda que 11.719 servidores da Carreira do Seguro Social deverão se aposentar até 2014. “O concurso será, sem dúvida, oportuno, mas está longe de atender as prementes necessidades de pessoal que o INSS possui”, avalia o presidente da Anasps, Paulo César Régis de Souza.
Por outro lado, Granjeiro lembra que os órgãos podem aumentar em 50% o número de vagas sem a necessidade de uma nova seleção. “Acho que vai ser esse o artifício do INSS. E os alunos têm que ficar de olho nisso. Por enquanto, estamos bastante satisfeitos com a autorização”, afirma o especialista.
Fonte: Mariana Rosa
mariana.rosa@jornaldebrasilia.com.br da redação do clicabrasilia.com.br
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